Acessibilidade e percepção de marca
As leis e normas (NBR9050) que regem a acessibilidade têm o intuito de tornar o imóvel acessível a todos, promovendo a inclusão e agregando valor ao imóvel e à sua marca.
como a acessibilidade afeta a marca da empresa
Adequação e impactos da acessibilidade
As adequações necessárias à regularização dos imóveis para atender as normas e leis devem seguir uma série de passos. Cada passo tem como propósito sustentar o passo seguinte e, assim, sucessivamente.
Cada caso é específico de acordo com a natureza do local, como exemplo: residencial, educacional, comercial, hospitalar ou industrial.
Como já podemos observar, as particularidades técnicas de cada situação influem na extensão das intervenções necessárias para tornar o local acessível, à luz das leis e normas, como a ABNT NBR9050:2020.
Vale lembrar que, dependendo da natureza de uso das edificações, outras normas, além nas normas que regem a acessibilidade, devem ser observadas. Estas outras normas são de natureza específica, como em um ambient hospitalar, por exemplo. Neste caso, o material a ser empregado deve ser especificado e detalhado, atedendo padrões e propriedades que vão além da acessibilidade.
No caso de acessibilidade em indústrias, vemos nitidamente que existem áreas restritas e de circulação limitada, dada a natureza do local e visando a segurança dos colaboradores com deficiência. Podemos apontar que em indústrias químicas existem locais de alta periculosidade que somente pessoas treinadas e com uso de EPI’s específicos podem acessar. Nas indústrias metalúrgicas e de autopeças, observamos outros tipos de periculosidade e assim por diante. Nestes locais, as pessoas devem atender uma série de aptidões específicas para poderem trabalhar, ou seja, não são áreas de acesso livre e para qualquer pessoa, pelo contrário, são de acesso restrito e limitado. Sim, existem profissionais que são pessoas com deficiência trabalhando nestas áreas, mas a deficiência delas não limita o pleno exercício da função. Em áreas de ruído elevado, o uso de abafadores popularmente conhecidos como “concha” (protetores auditivos, vide site da 3M) são necessários. Uma pessoa com baixa audição pode trabalhar nestes locais sem problemas, a deficiência dela não limita a execução dos trabalhos nem afeta sua segurança.
Quando falamos de acessibilidade nas indústrias, nos referimos às áreas voltadas a circulação livre das pessoas, ou seja, de uso comum e não restrito. Locais estes como refeitórios, salas de trabalho e de reunião, andares administrativos, entre outros, ou seja, locais de uso livre para todas as pessoas. Portanto, a acessibilidade deve estar presente sim, além da obrigatoriedadeprevista em lei.
Vamos imaginar que você no final de semana, praticando esportesm torce o pé. Chega a segunda-feira e você vai trabalhar com a famosa “botinha” e uma bengala ou muletas. Sim, você não pediu o atestado, ok? Tente caminhar e passar o dia normalmente, use o banheiro, faça suas refeições, ande até a portaria, e aí?
O interessante que uma pequena alteração em nossa mobilidade gera um enorme impacto em nossas vidas. Coisas simples como sentar, nos servir no refeitório, ir ao banheiro, mudam bastante. Em alguns dias, seu pé volta ao normal, mas e quem não tem a mobilidade restaurada, como ficam?
Muitas pessoas têm alguma restrição de mobilidade ou necessidade especial. Chega a quase 25% da população brasileira. Ou seja, se na sua empresa tem 100 colaboradores, estatisticamente, 25 podem ter alguma restrição. O que observamos muito é que as pessoas pensam em acessibilidade somente para cadeirantes. Eles fazem parte, mas existem inúmeros outros que também se beneficiam da acessibilidade. Pessoas podem ter problemas de visão, sequelas de um acidente, ter mais idade, uma colaboradora pode estar grávida e por aí vai. Acessibilidade atende e vai muito além do que observamos a um primeiro contato. O investimento é mais do que atender as normas. É investir nas pessoas.
É importante ressaltar que o ambiente físico melhora e se torna mais seguro e inclusivo. Devemos ir além dos impactos legais e visualizar quais os impactos positivos da acessibilidade que teremos em nossas pessoas, dentro e fora do local de trabalho. Aumentar a percepção cidadã da melhora em nossa sociedade como um todo.
marca vazia para em pé?
Claro que sabemos que existem ações de marketing e de propaganda efetivos em vender uma imagem que o consumidor e a sociedade querem ver. Mas, isso hoje “cola”?
Digo que não cola e vou além. Destrói sua marca em alguns cliques e compartilhamentos, após alguém decidir expor a fraude. Sim, é visto e percebido como fraude, um verdadeiro tiro no pé. Algo, se feito, mostra despreparo e inocência. As pessoas não gostam disso.
As pessoas estão muito mais atentas e as informações, boas eruins, ganham uma cobertura exponencial com as mídias atuais.
Investir em acessibilidade é bom e, sim, você como empresário ou gestor, deve fazer propaganda destas ações. Se sua empresa tem tomado decisões neste sentido e que saíram do papel, nada mais justo e que beneficie a marca da empresa. Agrega valor e as pessoas devem sabe. Como consumidor, penso e observo o comportamento da empresa antes de comprar seus produtos, avalio além do preço, observo onde é que meu dinheiro será usado e como a empresa devolve parte desse dinheiro para a sociedade.
O sentimento de orgulho em trabalhar em uma empresa, também impacta na performance. Acessibilidade é investimento, é estar um passo a frente da concorrência. Hoje não é só o salário que retem seus talentos, não é mesmo?
Acessibilidade em empresas
Investir em acessibilidade é investir nas pessoas, nos colaboradores e na percepção da marca.